É curioso — para não dizer revelador — como a simples menção à Homeopatia pode provocar tanto fervor, tanto ódio, tanta urgência em descredibilizar.
“Isso é pseudociência.”
“Não há evidência.”
“É só placebo.”
Repetem-se os mesmos chavões, com a segurança de quem nunca ousou ler mais do que meia dúzia de artigos partilhados no Facebook — sempre escritos por aqueles que se dizem defensores da “ciência verdadeira”, como se esta fosse uma religião com dogmas, e não um campo em constante transformação.
O mais interessante é que essa urgência em atacar raramente nasce do conhecimento.
Nasce do desconforto.
Desconforto profundo, íntimo, muitas vezes inconfessável.
Porque se a Homeopatia funcionar — e funciona — então o castelo de certezas absolutas começa a abanar.
Se milhões de pessoas melhoram com tratamentos que não seguem o manual clássico da farmacologia, então talvez não seja a Homeopatia que está errada…
Talvez seja o paradigma que se pensava intocável.
E isso, para muitos, é intolerável.
Porque aceitar essa possibilidade exige humildade.
Exige admitir que aquilo que se aprendeu, defendeu e impôs com tanto fervor… pode estar incompleto.
E isso assusta.
Os “cientistas das certezas” gostam de se vestir de racionalidade, mas por baixo da bata há o mesmo medo que qualquer ser humano carrega:
o medo de estar errado.
O medo de não ter todas as respostas.
O medo de que a verdade não seja tão controlável, tão mensurável, tão previsível como gostariam.
Então atacam.
Não porque têm razão, mas porque não conseguem tolerar a ideia de que alguém fora do seu sistema tenha.
Desprezam o que não conseguem explicar.
Ignoram o que não se encaixa nas suas tabelas.
Ridicularizam aquilo que não conseguem controlar.
Mas por mais que gritem, publiquem e desdenhem… o corpo continua a responder.
O ser humano continua a procurar.
E a Homeopatia continua a cuidar — com atenção, com sensibilidade, com um olhar que vê mais do que só sintomas.
A crítica, nesse caso, não revela a fraqueza da Homeopatia.
Revela apenas o tamanho da ameaça que ela representa para um ego que se alimenta de certezas.
Porque às vezes, por trás de uma gargalhada irónica, há só uma pessoa assustada com a hipótese de que aquilo que sempre ridicularizou… pode mesmo funcionar.