Homeopatia Infantil e Saúde de Adultos

domingo, 17 de agosto de 2025

Os 5 erros de quem tenta tratar-se com homeopatia sem orientação

A homeopatia não é apenas uma escolha de medicamento. É uma escolha de caminho. E todos os caminho precisam de orientação.

Hoje quero escrever, não apenas como terapeuta, mas como alguém que já viu vidas mudarem com a homeopatia — e também já viu pessoas perderem tempo e saúde por pensarem que bastava “pesquisar no Google” ou “perguntar ao ChatGPT” para encontrar o medicamento certo.

Sim, estamos na era da informação. Tudo parece estar à distância de um clique. Mas a verdade é que nenhuma inteligência artificial ou dica online pode substituir a escuta atenta, o olhar profundo, o sentir de um profissional treinado.

Se estás a pensar em tratar-te sozinho com homeopatia, lê este texto com atenção. Não é um julgamento, mas sim uma forma de alerta.


1. Acreditar que um sintoma define o medicamento

Muitas pessoas pensam: “Estou ansioso. Vou tomar Argentum nitricum.”
Ou: “Tenho medo de falar em público. Deve ser Gelsemium.”

Na prática clínica, aprendi que dois pacientes com o mesmo sintoma raramente precisam do mesmo medicamento.

  • Um medo pode vir da infância. Outro pode vir de um trauma recente.
  • Uma insónia pode ser mental. Outra pode ser física.
  • A ansiedade de um pode ser silenciosa. A de outro, explosiva.

A homeopatia trata o indivíduo como um todo — e isso exige escuta, tempo, sensibilidade e estudo.


2. Escolher medicamentos sem entender o momento da vida

Muitas pessoas usam homeopatia como se fosse um “primeiro socorro emocional”.

Sim, há medicamentos agudos que ajudam em emergências. Mas os medicamentos mais profundos — os que transformam padrões, curam feridas antigas, aliviam dores crónicas — precisam ser escolhidos com cuidado.

Um medicamento dado no momento errado pode não fazer nada.
Ou pior: pode empurrar sintomas para mais fundo, tornando-se mais difícil de tratar.

Sem orientação, há o risco de calar sintomas sem ouvir a história que eles contam.


3. Confundir informação com sabedoria

Hoje em dia, há vídeos, listas, fóruns, sites com medicamentos para “ansiedade”, “TPM”, “medo”, “hiperatividade”.

Mas saber o nome de 20 medicamentos não faz de alguém um terapeuta, assim como ler sobre cirurgia não faz de alguém um cirurgião.

A sabedoria não está na informação. Está em saber qual o medicamento dar, quando, como, em que dose, em que frequência — e quando mudar.

É aí que entra o papel do homeopata: avaliar, acompanhar, ajustar.


4. Acreditar que é tudo leve, que nunca pode fazer mal

Outro erro comum é pensar: “A Homeopatia é natural, se não ajudar, mal também não faz.”

Não é bem assim.

A homeopatia atua em níveis profundos. Quando bem indicada, cura o que parecia incurável. Mas, quando usada de forma leviana, pode:

  • Despertar sintomas antigos
  • Criar confusão no campo energético
  • Mascarar sinais importantes do corpo

A Homeopatia é uma medicina energética. E isso exige respeito, cuidado e presença profissional.


5. Ignorar o valor da relação terapêutica

Talvez este seja o erro mais doloroso: achar que curar é só tomar um medicamento.

Não é.

A verdadeira cura acontece na relação:
Na consulta em que alguém te escuta sem pressa.
Na pergunta certa feita no momento certo.
Na conexão profunda entre terapeuta e paciente.

É nesse espaço que a cura começa — e não numa simples pesquisa ou num tubo de grânulos.


Para terminar…

Se estás a tentar encontrar o teu medicamento sozinho, compreendo. Todos queremos aliviar a dor. Mas deixa-me dizer-te, com toda a honestidade:

A homeopatia é poderosa demais para ser usada às cegas.

Ela pode transformar vidas — mas só quando é usada com consciência, com escuta, com presença.
E isso não se encontra num motor de busca.
Não se encontra numa lista de sintomas.
Não se encontra numa fórmula genérica.

Cura não é pressa. Cura é caminho.
E nenhum caminho verdadeiro se percorre sozinho.

Se sentes que já tentaste de tudo, ou se há algo em ti que pede por mudança — emocional, física, energética — talvez seja hora de seres acompanhado/a com profundidade.

A tua história merece mais do que uma solução rápida.
Merece respeito. Merece atenção. Merece transformação.

E se fizer sentido para ti, estarei aqui para te acompanhar nesse processo.