Homeopatia Infantil e Saúde de Adultos

sábado, 7 de junho de 2025

Homeopatia: A Constante Negação da Experiência

Esta semana, voltaram a chamar-nos charlatães.

Dois cientistas, já habituais na cruzada mediática contra a Homeopatia, usaram mais uma vez um microfone público para troçar de um sistema terapêutico que tem ajudado milhões de pessoas em todo o mundo, como se o sofrimento humano fosse palco para sarcasmos e soundbites.

Chamaram-lhe “água com açúcar”, “placebo”, “coisa que devia ser proibida”. Falaram como falam sempre: com desprezo. Não apresentaram dúvidas, só certezas. Não trouxeram curiosidade, só escárnio. E isso, lamento dizer, não é ciência. É militância.

Sou homeopata há muitos anos. Não vivo de teorias. Vivo de resultados. Tenho acompanhado milhares de pessoas, sobretudo crianças e presenciado melhorias clínicas profundas e duradouras. Vi alergias desaparecerem. Crises asmáticas cessarem. Estados emocionais transformarem-se. E vi, acima de tudo, o que não se vê numa análise laboratorial: esperança a voltar a rostos cansados.

Mas talvez isso não valha nada para quem nunca olhou um paciente nos olhos, só gráficos num ecrã.

“É só água com açúcar” — dizem.

Essa frase, repetida como meme científico, ignora décadas de investigação séria, publicada em revistas científicas com revisão por pares. E mais ainda: revela uma visão antiquada da matéria, como se só o que é visível ao microscópio tivesse valor.

Hoje, com a nanotecnologia, já se identificaram traços estruturais e nanopartículas mesmo em diluições elevadas. E além disso, o corpo humano não responde apenas à presença de moléculas, responde a campos, frequências, padrões de informação. A própria medicina convencional caminha para compreender isso melhor. Então por que é que só a Homeopatia continua a ser tratada como heresia?

O que chamam “água com açúcar” já mudou vidas. Já salvou vidas. E merece respeito.

“Devia ser proibida” — insistem.

Proibir a Homeopatia seria negar a experiência positiva de milhões de pacientes, de milhares de profissionais sérios e éticos, e de inúmeros países que a integram nos seus sistemas de saúde, como a Suíça, a Índia, o Brasil ou a França.

Mais do que uma ofensa à Homeopatia, este tipo de discurso é um ataque à liberdade terapêutica, à autonomia dos doentes e à riqueza da diversidade médica.

Curiosamente, os que mais a querem proibir são os que menos a estudaram. Falam de cátedra, mas sem humildade. E a humildade, amigos, é o primeiro passo da ciência.

O que me move não é uma crença. É a escuta.

A Homeopatia ensina-nos a ouvir o corpo, a mente, o ser como um todo. Cada sintoma é uma linguagem. E cada cura, uma história.
Não somos de fórmulas automáticas. Somos de atenção, tempo, detalhe. E talvez seja isso que tanto incomoda: a Homeopatia lembra à medicina que o humano não cabe todo nos protocolos.

Por isso escrevo hoje. Não por defesa pessoal, mas por justiça.

Não quero converter ninguém. Quero apenas que a nossa prática seja tratada com o mesmo respeito que qualquer outra abordagem médica merece.
Não com piadas. Com escuta. Com debate. Com verdade.

Porque no fim, o que está em jogo não é apenas a validade da Homeopatia.
É o espaço que damos à diferença.
É o respeito por quem ajuda, mesmo sem ser compreendido.
É a coragem de olhar para além do que já se conhece e admitir que talvez, só talvez, ainda haja mais por descobrir.