Homeopatia Infantil e Saúde de Adultos

domingo, 31 de agosto de 2025

Homeopatia: o desconforto de quem não quer pensar que pode estar errado

É curioso — para não dizer revelador — como a simples menção à Homeopatia pode provocar tanto fervor, tanto ódio, tanta urgência em descredibilizar.

“Isso é pseudociência.”
“Não há evidência.”
“É só placebo.”

Repetem-se os mesmos chavões, com a segurança de quem nunca ousou ler mais do que meia dúzia de artigos partilhados no Facebook — sempre escritos por aqueles que se dizem defensores da “ciência verdadeira”, como se esta fosse uma religião com dogmas, e não um campo em constante transformação.

O mais interessante é que essa urgência em atacar raramente nasce do conhecimento.
Nasce do desconforto.
Desconforto profundo, íntimo, muitas vezes inconfessável.

Porque se a Homeopatia funcionar — e funciona — então o castelo de certezas absolutas começa a abanar.
Se milhões de pessoas melhoram com tratamentos que não seguem o manual clássico da farmacologia, então talvez não seja a Homeopatia que está errada…
Talvez seja o paradigma que se pensava intocável.

E isso, para muitos, é intolerável.

Porque aceitar essa possibilidade exige humildade.
Exige admitir que aquilo que se aprendeu, defendeu e impôs com tanto fervor… pode estar incompleto.
E isso assusta.

Os “cientistas das certezas” gostam de se vestir de racionalidade, mas por baixo da bata há o mesmo medo que qualquer ser humano carrega:
o medo de estar errado.
O medo de não ter todas as respostas.
O medo de que a verdade não seja tão controlável, tão mensurável, tão previsível como gostariam.

Então atacam.
Não porque têm razão, mas porque não conseguem tolerar a ideia de que alguém fora do seu sistema tenha.

Desprezam o que não conseguem explicar.
Ignoram o que não se encaixa nas suas tabelas.
Ridicularizam aquilo que não conseguem controlar.

Mas por mais que gritem, publiquem e desdenhem… o corpo continua a responder.
O ser humano continua a procurar.
E a Homeopatia continua a cuidar — com atenção, com sensibilidade, com um olhar que vê mais do que só sintomas.

A crítica, nesse caso, não revela a fraqueza da Homeopatia.
Revela apenas o tamanho da ameaça que ela representa para um ego que se alimenta de certezas.

Porque às vezes, por trás de uma gargalhada irónica, há só uma pessoa assustada com a hipótese de que aquilo que sempre ridicularizou… pode mesmo funcionar.


domingo, 17 de agosto de 2025

Os 5 erros de quem tenta tratar-se com homeopatia sem orientação

A homeopatia não é apenas uma escolha de medicamento. É uma escolha de caminho. E todos os caminho precisam de orientação.

Hoje quero escrever, não apenas como terapeuta, mas como alguém que já viu vidas mudarem com a homeopatia — e também já viu pessoas perderem tempo e saúde por pensarem que bastava “pesquisar no Google” ou “perguntar ao ChatGPT” para encontrar o medicamento certo.

Sim, estamos na era da informação. Tudo parece estar à distância de um clique. Mas a verdade é que nenhuma inteligência artificial ou dica online pode substituir a escuta atenta, o olhar profundo, o sentir de um profissional treinado.

Se estás a pensar em tratar-te sozinho com homeopatia, lê este texto com atenção. Não é um julgamento, mas sim uma forma de alerta.


1. Acreditar que um sintoma define o medicamento

Muitas pessoas pensam: “Estou ansioso. Vou tomar Argentum nitricum.”
Ou: “Tenho medo de falar em público. Deve ser Gelsemium.”

Na prática clínica, aprendi que dois pacientes com o mesmo sintoma raramente precisam do mesmo medicamento.

  • Um medo pode vir da infância. Outro pode vir de um trauma recente.
  • Uma insónia pode ser mental. Outra pode ser física.
  • A ansiedade de um pode ser silenciosa. A de outro, explosiva.

A homeopatia trata o indivíduo como um todo — e isso exige escuta, tempo, sensibilidade e estudo.


2. Escolher medicamentos sem entender o momento da vida

Muitas pessoas usam homeopatia como se fosse um “primeiro socorro emocional”.

Sim, há medicamentos agudos que ajudam em emergências. Mas os medicamentos mais profundos — os que transformam padrões, curam feridas antigas, aliviam dores crónicas — precisam ser escolhidos com cuidado.

Um medicamento dado no momento errado pode não fazer nada.
Ou pior: pode empurrar sintomas para mais fundo, tornando-se mais difícil de tratar.

Sem orientação, há o risco de calar sintomas sem ouvir a história que eles contam.


3. Confundir informação com sabedoria

Hoje em dia, há vídeos, listas, fóruns, sites com medicamentos para “ansiedade”, “TPM”, “medo”, “hiperatividade”.

Mas saber o nome de 20 medicamentos não faz de alguém um terapeuta, assim como ler sobre cirurgia não faz de alguém um cirurgião.

A sabedoria não está na informação. Está em saber qual o medicamento dar, quando, como, em que dose, em que frequência — e quando mudar.

É aí que entra o papel do homeopata: avaliar, acompanhar, ajustar.


4. Acreditar que é tudo leve, que nunca pode fazer mal

Outro erro comum é pensar: “A Homeopatia é natural, se não ajudar, mal também não faz.”

Não é bem assim.

A homeopatia atua em níveis profundos. Quando bem indicada, cura o que parecia incurável. Mas, quando usada de forma leviana, pode:

  • Despertar sintomas antigos
  • Criar confusão no campo energético
  • Mascarar sinais importantes do corpo

A Homeopatia é uma medicina energética. E isso exige respeito, cuidado e presença profissional.


5. Ignorar o valor da relação terapêutica

Talvez este seja o erro mais doloroso: achar que curar é só tomar um medicamento.

Não é.

A verdadeira cura acontece na relação:
Na consulta em que alguém te escuta sem pressa.
Na pergunta certa feita no momento certo.
Na conexão profunda entre terapeuta e paciente.

É nesse espaço que a cura começa — e não numa simples pesquisa ou num tubo de grânulos.


Para terminar…

Se estás a tentar encontrar o teu medicamento sozinho, compreendo. Todos queremos aliviar a dor. Mas deixa-me dizer-te, com toda a honestidade:

A homeopatia é poderosa demais para ser usada às cegas.

Ela pode transformar vidas — mas só quando é usada com consciência, com escuta, com presença.
E isso não se encontra num motor de busca.
Não se encontra numa lista de sintomas.
Não se encontra numa fórmula genérica.

Cura não é pressa. Cura é caminho.
E nenhum caminho verdadeiro se percorre sozinho.

Se sentes que já tentaste de tudo, ou se há algo em ti que pede por mudança — emocional, física, energética — talvez seja hora de seres acompanhado/a com profundidade.

A tua história merece mais do que uma solução rápida.
Merece respeito. Merece atenção. Merece transformação.

E se fizer sentido para ti, estarei aqui para te acompanhar nesse processo.


domingo, 20 de julho de 2025

Menos Crueldade, Mais Coração: E Se Começássemos Pelo Prato?

Vivemos tempos em que a consciência está a despertar. Cada vez mais, começamos a perceber que as nossas escolhas diárias têm um impacto que vai muito além do nosso prato.

Este texto não é um apelo para que todos se tornem vegan da noite para o dia. É um convite — sincero e compassivo — a olhar para o mundo com outros olhos. Com mais empatia. Com mais responsabilidade. Com mais amor.

A nossa saúde agradece

Numerosos estudos científicos têm demonstrado que a redução do consumo de carne e laticínios está associada a uma menor incidência de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e até certos tipos de cancro.

Segundo a Harvard Medical School, uma dieta baseada em vegetais pode diminuir significativamente os níveis de colesterol e inflamação no corpo — dois grandes vilões silenciosos da saúde moderna.

Não é sobre restrições, é sobre abundância: de energia, vitalidade, leveza.

O planeta está a gritar

A produção de carne e lacticínios é uma das maiores causas de desflorestação, escassez de água e emissões de gases com efeito de estufa. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), o setor pecuário é responsável por cerca de 14,5% das emissões globais de gases com efeito estufa — mais do que todos os transportes juntos.

Cada bife, cada copo de leite, tem uma pegada ecológica imensa. Mas a boa notícia é que cada vez que escolhemos uma refeição vegetal, estamos a devolver um bocadinho de equilíbrio ao planeta.

Os animais também sentem

Independentemente das crenças de cada um, é difícil negar que os animais são seres sencientes: sentem dor, medo, alegria. Criar um animal para o abate — privá-lo de liberdade, de vínculos, da própria vida — é algo que, no fundo do nosso coração, sabemos que está desalinhado com os valores de compaixão e respeito que todos carregamos.

Reduzir o consumo de produtos de origem animal é uma forma de dizer: “Eu vejo-te. Eu respeito-te. E escolho causar menos sofrimento.”

Um passo de cada vez

Não se trata de perfeição. Trata-se de intenção. Se cada pessoa optasse por uma ou duas refeições 100% vegetais por semana, o impacto seria extraordinário. Numa escala global, seria como plantar milhões de árvores, salvar biliões de litros de água e evitar o sofrimento de incontáveis animais.

Não é a perfeição que muda o mundo — é a soma dos pequenos gestos com grande intenção.

O futuro começa no prato

A mudança não precisa ser radical para ser significativa. Talvez possa começar por uma segunda-feira sem carne, por trocar o leite de vaca por bebida vegetal, ou por experimentar uma nova receita colorida, viva, cheia de sabor e consciência.

Escolher menos produtos de origem animal é um acto de amor: pela nossa saúde, pela Terra que nos sustenta, e pelos seres com quem partilhamos este lar.

O mundo que queremos começa nas escolhas que fazemos. Que a tua fome não seja só de comida, mas também de justiça, compaixão e esperança.

Uma pausa para respirar (e refletir)

Enquanto me preparo para uns dias de descanso e silêncio — férias merecidas, como todos precisamos — deixo este texto como um presente, ou talvez como uma semente.

Que este Verão, com o seu calor generoso, o seu ritmo mais lento e os dias mais longos, seja também uma oportunidade para escolher com mais consciência.
Talvez um gelado de fruta em vez de natas. Um churrasco vegetal cheio de cor e sabor. Uma nova curiosidade por aquilo que é leve, compassivo, fresco — e, acima de tudo, vivo.

Que a tua fome não seja apenas de comida, mas também de justiça, compaixão e esperança. 
Porque o mundo que queremos começa nas escolhas que fazemos.
E essas escolhas… começam no prato.


sábado, 12 de julho de 2025

Quando o Cansaço Se Torna Parte de Ti

Há dias em que acordas e já estás cansado/a.

Sem motivo aparente, sem explicação lógica.
O corpo pesa. A cabeça parece envolta numa névoa. Cada pequeno gesto — levantar, escolher o que vestir, preparar o pequeno-almoço — exige um esforço que antes parecia natural.

Vais empurrando o dia para a frente, como quem arrasta uma pedra montanha acima.
Sorris, mas o sorriso é mecânico.
Falaste com alguém? Respondeste a um e-mail? Fizeste o jantar? Sim, fizeste tudo — mas como se estivesses a ver a tua vida acontecer a partir de longe, sem verdadeira presença.

Este cansaço não é apenas físico.
É emocional.
É mental.
É uma sensação difusa de exaustão que não passa com mais horas de sono, nem com um fim-de-semana de descanso.

👉 Sentes dificuldade em concentrar-te.
👉 Esqueces coisas simples.
👉 Tudo parece exigir demasiado de ti: sair de casa, trabalhar, tomar decisões.
👉 O teu corpo dói, como se estivesse sempre em luta contra algo que não vês.
👉 E, lá no fundo, instala-se uma culpa enorme: "Porque é que eu não consigo dar conta de tudo?"

A verdade é que não és tu que estás a falhar.
É o mundo que, muitas vezes, exige demasiado e devolve pouco.

Vivemos numa época que normalizou a pressa, a sobrecarga e o esgotamento.
Tens de ser profissional de sucesso, mãe/pai presente, amiga/o atenta/o, companheira/o apaixonada/o, tudo ao mesmo tempo.
E, para além disso, tens de estar bem-disposta/o, saudável e em forma.

É demasiado.

O cansaço crónico é o corpo a dizer: "Assim, não consigo continuar."

Por trás do cansaço constante podem estar:

🩺 Desequilíbrios hormonais
🥦 Carências nutricionais
💔 Feridas emocionais antigas
🔥 Stress crónico
🧠 Sobrecarga mental

Cada sintoma é um sinal. Cada sinal é um convite a parar, a cuidar, a mudar.


Mas há saída.

A Homeopatia pode ser uma grande aliada neste processo.
Ao olhar para ti como um todo — físico, emocional e mental —, é possível encontrar o tratamento certo para despertar de novo a tua energia vital.
Sem químicos agressivos.
Sem suprimir sintomas.
Apenas respeitando a inteligência natural do teu corpo e ajudando-o a reencontrar o equilíbrio.

Recuperar a tua energia é possível.
Sentir-te leve outra vez é possível.

E não, não tens de aceitar o cansaço como normal.

Cuida de ti. Ouve o que o teu corpo está a tentar dizer-te. Dá-lhe a oportunidade de se regenerar.

A Homeopatia pode ser o primeiro passo.


sábado, 5 de julho de 2025

Açúcar, preconceito e a arte de continuar doente com orgulho.

Diálogo realista entre dois amigos (com um toque de sarcasmo e muito senso comum):

👤 Bruno:

Rita, olha… estou por um fio. Já fui a três médicos, fiz "mil" exames, tomei antibióticos, ansiolíticos, fiz fisioterapia... e nada. Continua tudo igual. Já nem sei o que tenho.

👤 Rita:
Já pensaste em experimentar Homeopatia?

👤 Bruno:
O quê? Homeopatia? Oh Rita… não brinques comigo. Isso é só bolinhas de açúcar. Não acredito nessas tretas.

👤 Rita:
Mas já experimentaste?

👤 Bruno:
Claro que não! Para quê? Eu gosto de coisas sérias, com provas. A ciência não aprova essas coisas!

👤 Rita:
Hum… ok. Só uma pergunta: então preferes continuar doente, a experimentar algo que milhares de pessoas relatam como eficaz… só porque leste num blog de cepticismo que “não funciona”?

👤 Bruno:
Sim, porque o placebo também faz efeito, não é? E o efeito placebo não cura os meus problemas.

👤 Rita:
Mas há muitos estudos sobre Homeopatia. Sabias que há investigação clínica, laboratorial e populacional? Só que não aparece nos telejornais. Não há interesse comercial.

👤 Bruno:
Ah, mas se fosse eficaz, os hospitais usavam!

👤 Rita:
Olha, na Índia está integrada no sistema público de saúde. Na Suíça, é reembolsada pelo seguro nacional. No Brasil, também é oferecida no SUS. Não é por falta de uso. É por falta de divulgação imparcial.

👤 Bruno:
Mas eu sou um tipo racional. Gosto de coisas comprovadas!

👤 Rita:
Bruno… tu tomas suplementos que viste no Instagram de um PT. Já bebeste chá de gengibre com alho a achar que era antiviral. Já puseste rodelas de batata nos olhos. Mas Homeopatia é que é pseudociência?

👤 Bruno:
Isso é diferente!

👤 Rita:
Claro que é. Isso são modas. A Homeopatia não tem marketing de milhões, nem embalagem fluorescente. Só tem dois séculos de história, milhões de utilizadores, médicos homeopatas com formação e… resultados.

👤 Bruno:
Mas e os estudos? A ciência?

👤 Rita:
A ciência não é um dogma. É um processo de investigação contínua. E sabes qual é a base da ciência? Observar, testar e… não descartar sem investigar. E tu estás a descartar algo que nunca testaste.

👤 Bruno:
Então achas que eu devia ir?

👤 Rita:
Acho que se estás cansado de estar doente, vale a pena experimentar algo que tem ajudado tantas pessoas. Pelo menos, não vais ficar pior. E quem sabe, encontras aí a mudança que procuras há anos.

👤 Bruno:
E se for só placebo?

👤 Rita:
Se melhorares e viveres melhor, importa se foi placebo, milho, ou magia? O que importa é que o teu corpo respondeu. E às vezes, o que cura não é só o que está no frasco… é o que está na abordagem, no olhar, na escuta e no cuidado.

👤 Bruno:
Ok… vou pensar nisso...talvez...um dia. 

 Reflexão final:

Quantas vezes dizemos “não funciona” sem saber como funciona?
Quantas vezes recusamos algo sem nunca termos experimentado, estudado ou sequer conversado com alguém da área?

O preconceito, esse sim, é um placebo,  mas ao contrário: faz-te acreditar que não há solução, mesmo quando há.

A Homeopatia não pretende substituir a medicina convencional. Mas pode ser um grande complemento, e em muitos casos, a peça que faltava no quebra-cabeças da saúde. 

Vale mais experimentar com mente aberta do que viver fechado numa caixa… cheia de frascos e diagnósticos.